11 de abril de 2009

Aqui

Ao fundo! Lá longe!
Uma luz...

Aqui. Tão perto.
Nada seduz...

Ao fundo! Lá longe!
O mar...

Aqui. Tão perto.
O verbo amar...

Lá longe
O teu coração...

Tão perto
A força da Paixão...

Tão longe
O teu ser...

Tão perto
Alma a desvanecer...

Tão longe
E não vou esquecer...
Junto a mim,
Teu coração a bater.

Ausência


Aquele lugar, aquele encanto!
Tempos passados, em memórias presentes.
Espaços perdidos em vidas vividas.
E a ausência, essa ausência…

Soluços silenciados, na escuridão desprendidos
Muralhas de mágoa em abraços entrelaçadas
Suspiros em olhos de rasas lágrimas
Secas punhaladas em coração ferido.
A ausência, essa ausência…

Um passo em frente, uma parede outrora existente.
Um vago e vazio nada na escadaria derrubada!
E agora uma palavra. Renovação do alento.
Sorri, segue em frente. Tudo se desvanece.
Fica o dia noite. Fica a voz muda.
E a ausência, a tua ausência…

Voz silenciosa que clama esse nome, grita esse amor.
Suspiro por esse beijo, ânsia por esse toque.
Volúpia que se ergue, dor que esmorece.
Um sorriso em destroçada mente.
Mas a ausência, essa ausência…

Braços estendidos. Aguardada esbelta figura a chegar.
Jubilo! O fim da dor. O peso do presente…
Corpo morto, outrora por ti ardente.
Muralha indefesa. Castelo caído.
No desmoronado castelo desse amor, só há dor:
A dor da tua ausência.