9 de fevereiro de 2010

Bergamo...a fuga à rotina

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Tudo começou com uma brincadeira e se resumia a uma viagem a Hann a 1€. O resultado foram 3 miudas, 5 dias em Bergamo.

Para começar, nada como apanhar o autocarro certo...só que do lado errado da rua. Ou seja: ele vinha de Mozzo, não ía para Mozzo... primeiro contacto com um italiano em furia que teve de voltar atrás para largar umas miudas que falavam uma qualquer lingua estranha.
Chegadas ao Hotel...barrigada de riso: garrafa de água do quarto aberta, chávena de café suja, estrado da cama partido. Efectivamente a solução era mesmo mudar de quarto...foi isso que nos foi dito...mas mudança só no dia seguinte. Pois, pois.
Segundo dia: ah e tal, "nós arranjamos a cama e não têm de mudar de quarto" (quando voltámos à noite vimos aquilo a que se chama remendo e sim, acabaram por nos mudar de quarto).

Bergamo (2 dias)
A Città Alta, só por si, demora um bom dia e meio a visitar. Mas atenção a um pormenor: não fomos a museus e apanhámos bastantes igrejas em restauro, quando estas abrirem é melhor deixar dias só para a zona antiga de Bergamo.
A Città Bassa é, essencialmente, o centro da cidade. Não deixando de ser uma tentativa de copiar a imponência que só a Città Alta possui.
No fim, a ideia que fica resume-se ao facto de que Bergamo parece ter parado no tempo, há cerca de dois séculos. Nos dias com nevoeiro, a cidade sombria assemelha-se mesmo a uma cidade fantasma.

Milão
Para dizer verdade estávamos a achar Itália um local estranho e antiquado. Mudámos de opinião ao chegar ao Centro de Milão. E refiro-me ao centro porque a estação de comboios é tão mal situada que dá uma péssima imagem do sitio em que se está.
A capital da moda é realmente imponente. Os dois bastiões, a Duomo e o Castello Sforzesco, conferem um charme unico a esta cidade.

Verona
No ultimo dia o desejo era mesmo ir a Veneza mas as 4h de viagem foram suficientes para nos desmotivar. Acabámos por escolher Verona, uma cidade que nem nos lembrávamos se tinha algo de importante. Pois bem, Verona é conhecida pela tragédia romântica de Romeu e Julieta. Não podíamos ter escolhido melhor local para nos despedirmos de Itália.
A cidade tem uma envolvente verde que contrasta com os imponentes edificios. Passando os arcos da cidade, entra-se no jardim central, que tem ligação à Arena, entre outros locais de interresse.
Seguindo por entre algumas ruelas, encontra-se, com facilidade, a casa onde viveu Julieta. O tunel que dá acesso à varanda de Julieta só se pode descrever como bastião do amor: de ambos os lados a parede está revestida com papelinhos, cheios de declarações de amor ou apenas com a indicação de quem já ali esteve.
Infelizmente, nos mapas vem a indicação da casa de Romeu mas não conseguimos encontrar nenhum ponto referente a tal local.
A decepção foi mesmo ter de pagar para ver o tumulo de Julieta (que acabámos por não ver).

Tirando algumas diferenças culturais (os WC que são buracos no chão, os italianos perigosos na estrada e que pouco inglês falam e não percebem português, os comboios cheios de pó e com um cheiro medonho a urina e outras coisas semelhantes: aconselho uma visita a Bergamo.

Um detalhe: Bergamo é daqueles locais com muito para ver mas de sapatilhas nos pés, mapa na mão e gorro na cabeça. É um local para quem aprecia aventura e não receia choques culturais.