29 de abril de 2014

Veludo

Vai pé ante pé,      
A saltitar, vai seu coração .
Seus pés de veludo
Mal tocam as tábuas do chão.

Vai sorrateiro
Segue inseguro, curioso.
Não resiste, não é capaz.
Mas vai, sempre temeroso.

De nariz audaz,
Quase no chão enfiado,
Vê a sombra na luz
Lá está o tão ansiado!

Bela hora o ouviu,
No silêncio da lua:
"Que belo jantar" murmura,
O gato enquanto se empanturra.


25 de abril de 2014

Palácio




Vai a noite longa, está o horizonte escuro.
Silêncio e mais silêncio, aqui parece que nada perdura.
Neste céu não há estrelas, há anos que deixaram de brilhar.
Neste chão não há alimento, aqui nada há para alimentar.

Retiro-me para a velha casa, numa ténue esperança de ouvir,
Nem que seja uma coruja a piar, um morcego a esvoaçar.
Nada...apenas um nada...que nada tem.

E nesta certeza fecho a porta do meu palácio mais uma vez.
Desiludida com com este abandono e esta minha insensatez,
Desta ânsia de acreditar no renascer da terra de ninguém.

23 de abril de 2014

Magnum de Sonho

Num conto encontrado, dentro de um livro perdido, jaz o sonho encantado de um menino adormecido:

"Trinquei, fechei os olhos e vi as estradas feitas de cristais entrelaçados, que ao castelo de chocolate guiam.
Os coches de cavalos brancos alados, a levar as bilhas com o leite a saltitar.
Os cavaleiros empoeirados, com os sacos de cacau nas carruagens atrelados.
As amêndoas douradas a brilhar na velhinha caixa, pelo tempo amarelada.
E a fonte mágica de onde o doce caramelo sai de corrida, a cintilar.
É um mundo perfeito, de onde saem sonhos com sabor!".

Na capa do velhinho livro, por debaixo do pó pode-se descobrir: "Momentos Magnum".

Neste conto, o que conta são as sensações, as cores, os sorrisos e alegrias.
Não há tristeza e lágrimas, é que nem a "Portuguesa Saudade" cá está!
Aqui encontro sentimentos que não tenho palavras para escrever e emoções que as palavras não sabem traduzir. Encontro o mundo de um menino, hoje o mundo de um crescido, o mundo de todos nós: o mundo que há 25 anos a Magnum veio melhorar.





"Leva-me no teu sonho, deixa-me fechar os olhos, enquanto me estou a deliciar, deixa-me levantar asas e voar..."

Momentos Magnum









12 de abril de 2014

Ser

Sinto que nada sinto,
Que neste mundo tão pleno, apenas um nada sou.
Sinto que não sinto,
Que sou uma caixa vazia, ao sabor da tormenta e do vento.
Sinto que nada sou,
Que as memórias são empoeiradas histórias, que o coração parou.

Sinto que nada sinto,
Que não passo de uma velha alma a vaguear pelo tempo.
Sinto que não sinto,
Que sem razão tudo se desvanece, se perde, desaparece.
Sinto que nada sou,
Que tudo mudou, do que me lembro nada restou.


11 de abril de 2014

25 anos de Magnum



A Magnum está a celebrar mais um aniversário. Já é uma "jovem marca" a caminho dos 25 anos. Um pouquinho mais e era da minha idade!

São 25 anos de Magnum mas não para mim. Afinal até aos 10 anos eu só tinha direito aos  habituais gelados de leite. E o que suspirava por aqueles que tinham chocolate! Mas de nada me valia. Com sorte alguém me deixava dar uma trinca...

Felizmente sempre que ía a casa do meu padrinho ele tinha Magnum Mini e, chegada a data em que os pais autorizavam comer chocolate, ele fazia o gostinho a todos os meninos. Era uma perdição...e continua a ser! Mas...se um Magnum sabe a pouco, o que dizer então de um Magnum mini? Mesmo assim, para minha alegria começaram a haver Magnum em casa.

Aos 14 anos eu e uma amiga ganhamos ritual: todas as terças à tarde tínhamos hora marcada, no banco mais solarengo da escola, para nos deliciarmos com o nosso Magnum Double Caramelo. Se estivesse muito calor íamos para outra tentação: o Magnum de Amêndoa. O que é certo é que andávamos uma semana inteira a juntar os trocos e depois metíamos vicio a quem estava dentro da sala de aula.

Já lá vão uns anos mas o gosto perdura. Não há hora para o meu Magnum e só mesmo as versões com menta é que não me convenceram. Ficam as memórias solarengas com Magnum e criam-se novas memórias - a ver se ninguém me dá uma trinca no meu Magnum

Ah! E não posso deixar esquecido uma ideia tão preciosa como esta: o Magnum Hot, que é simplesmente genial e perfeito para uma noitinha á lareira cá de casa ou na rua à volta de uma fogueira com os amigos. O puro vicio para o Inverno, é um pecado sem descrição possível!

Ora com tudo isto e ainda descubro que a Magnum anda à procura de uma Woman? Poderia lá eu deixar  passar a oportunidade de homenagear e divulgar a marca que mais associo ao meu bright side of life?

(Curiosa? Espreita em http://magnumwoman.com/)